Desenvolvimento regional e saneamento

1920

Desenvolvimento regional e saneamento

Texto por Keila Gomes

A história do saneamento básico no Rio de Janeiro começa de forma efetiva com a chegada da família real ao Brasil. Houve, então, uma necessidade premente por civilidade, levando a sociedade à reflexão sobre higiene e descarte de dejetos. Escravizados chamados de "tigres" (por terem sua pele queimada pelos dejetos que caíam das vasilhas cheias de urina e fezes) eram forçados a lidar com resíduos, e "reiunas" eram as mulheres escravizadas de Santa Cruz designadas para limpar valas.

No século XX, a busca por padrões europeus não conteve epidemias como febre amarela e malária, transmitidas por mosquitos ligados à falta de saneamento e drenagem dos rios. A ausência de organização institucional agravou a situação. Epidemias se estenderam às áreas rurais, levando à construção do Hospital Pedro II na década de 1920. A drenagem do rio Guandu e do Canal de Itá impactou positivamente a resolução do problema.

Sequência de três fotografias em preto e branco, que retratam as Obras de Saneamento  em Santa Cruz. A primeira e a segunda são marcadas pela presença de pessoas às  margens do braço de um pequeno rio, diferenciando-se pela presença de cavalos na  primeira, e pela presença de uma ponte de tábuas de madeira na segunda. Em ambas as  fotografias, as margens são rodeadas por vegetação. A terceira imagem se diferencia por  retratar uma construção de madeira em andamento, sustentadda por palanques fixados  no fundo da água. Além disso, cerca de oito pessoas estão sobre a estrutura enquanto  pousam para a foto. Ao fundo há a presença de árvores, e a frente a divisória entre o solo  firme e o rio.
Obras de Saneamento em Santa Cruz. Data provável: década de 1930. Autor desconhecido. Acervo NOPH.   
Sequência de três fotografias em preto e branco, que retratam as Obras de Saneamento  em Santa Cruz. A primeira e a segunda são marcadas pela presença de pessoas às  margens do braço de um pequeno rio, diferenciando-se pela presença de cavalos na  primeira, e pela presença de uma ponte de tábuas de madeira na segunda. Em ambas as  fotografias, as margens são rodeadas por vegetação. A terceira imagem se diferencia por  retratar uma construção de madeira em andamento, sustentadda por palanques fixados  no fundo da água. Além disso, cerca de oito pessoas estão sobre a estrutura enquanto  pousam para a foto. Ao fundo há a presença de árvores, e a frente a divisória entre o solo  firme e o rio.
Obras de Saneamento em Santa Cruz. Data provável: década de 1930. Autor desconhecido. Acervo NOPH.   
Sequência de três fotografias em preto e branco, que retratam as Obras de Saneamento  em Santa Cruz. A primeira e a segunda são marcadas pela presença de pessoas às  margens do braço de um pequeno rio, diferenciando-se pela presença de cavalos na  primeira, e pela presença de uma ponte de tábuas de madeira na segunda. Em ambas as  fotografias, as margens são rodeadas por vegetação. A terceira imagem se diferencia por  retratar uma construção de madeira em andamento, sustentadda por palanques fixados  no fundo da água. Além disso, cerca de oito pessoas estão sobre a estrutura enquanto  pousam para a foto. Ao fundo há a presença de árvores, e a frente a divisória entre o solo  firme e o rio.
Obras de Saneamento em Santa Cruz. Data provável: década de 1930. Autor desconhecido. Acervo NOPH.   
Fotografia em preto e branco de quatro homens, em pé, no meio da mata, durante o dia.  Um deles usa uma luneta. A grama está alta e há montanhas ao fundo.
Serviço topográfico sendo realizado para obras de saneamento em Santa Cruz. Data provável: década de 1930. Autor desconhecido. Acervo NOPH.   

Na virada do século XXI, a Zona Oeste começou a fazer o tratamento de seu esgoto, evidenciando a urgência da abordagem das questões de saneamento. A compreensão da relação entre saneamento, saúde e qualidade de vida reforça a necessidade de investimento em infraestrutura para evitar doenças decorrentes da falta de saneamento. Não se pode deixar de lembrar que a escassez de água potável, as ruas sem asfalto e os alagamentos constantes constituem a falta de saneamento básico em uma região. E, em 2023, ainda existem todos esses problemas em Santa Cruz.

Fotografia da faixa, à noite. No canto superior, uma faixa quadrangular suspensa, com  fundo branco e letras pretas: "Esta comunidade saúda e recepciona o exmo Sr. prefeito e  sua comitiva pela conclusão das obras de saneamento e pavimentação do bairro". Ao  fundo, árvores e uma construção simples, à frente da qual há um muro e uma pequena  cerca, onde dois homens conversam frente a frente.
Faixa em alusão à conclusão das obras de saneamento e pavimentação da localidade Fomento no bairro de Santa Cruz, junho de 1985. Foto por Antonio L. Silva. Acervo NOPH.   
Fotografia de uma estrutura vertical, à frente, com largura expressiva, erguida em  concreto polido. Sobre uma das faces da estrutura, há uma placa retangular de  chumbo/ferro fixada, contendo letras em relevo que revelam o seguinte texto: "Obras de  saneamento executadas pelo D.N.S.P na fazenda nacional de Santa Cruz distrito Federal.  Iniciadas em 1923 durante a presidência do Dr. Washington Luiz e concluídas em 1933 na  administração do Dr. Getúlio Vargas, chefe do governo provisório." Ao fundo, céu limpo.
Placa retratando as obras de Saneamento concluídas no ano de 1933 em Santa Cruz. Novembro de 2023. Foto por Vitor Tavares.   

REFERÊNCIA

WEYRAUCH, Cleia Schiavo. De Sertão à Zona Industrial. Revista Ágora, Vitória, n. 17, p. 13-31, 2013.

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Published in 10/11/2023

Updated in 23/02/2024

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